Hoje realiza o evento “Festival Raízes do Oriente correlacionando ao jornal que criou e a alguns anos a Cia El Shams que contou com a participação de suas integrantes na novela “O Clone” e se tornou Pioneira no Rio na criação da “Hidroventre” em piscina aquecida buscando um trabalho paralelo à medicina tradicional que atingisse o campo emocional, com técnicas exclusivas voltadas para mulheres com fibromialgia, artrite, artrose , etc, e que abraçasse o público da terceira idade. Mayra iniciou os seus estudos há 21 anos a partir de seu ingresso a uma ordem iniciática que a conduziu a buscar as raízes ancestrais egípcias, o modo de vida, o seu folclore e integrando desta forma o seu trabalho à dança do ventre terapêutica, criando assim a sua metodologia. Ela participa de vários eventos árabes no nosso Estado e em oficinas pelo País. Foi uma das primeiras bailarinas a formar novas professoras no Rio e a realizar o 1º Festival de Dança do Ventre, trazendo bailarinas de todo o Brasil, hoje muito conhecidas. Ela levou a trupe para a rua em tendas como as gawazee egípcias, divulgando a nossa arte. Assim é Mayra... doce, delicada, mas uma verdadeira leoa!!!
Porque começar a dançar já que você era uma professora bem sucedida, tinha uma vida estável e muitos prêmios no magistrado visto que aqui no Brasil cabe muito pouco espaço para ter a dança como meio de vida?
Mayra - Não comecei a dançar por vaidade. Fui empurrada pela dor física e emocional. A 1ª causa escondida que move muitas mulheres a buscar esta dança: a transformação! Quando entrei para ordem rosacruz , fui acessando registros. Eu fechava os meus olhos e mantinha contato com todas as minhas histórias. Eu sabia dançar e nem sabia que sabia. Estava tudo lá. Com o tempo fui pesquisando, fazendo works e descobrindo. Muitas vezes via cenas e ouvia. Tenho um pacote de experiências que não caberia aqui. Meu primeiro espetáculo foi logo, aquilo que chamo de 3ª vertente da dança do ventre. Foi num evento Internacional no Sheraton, depois costumo dizer que nada mais me impressiona. A maneira como fui atirada naquele palco, sei que fui inconseqüente e arrojada, pois tinha apenas quatro meses de dança e precisava estar no camarim junto com as modelos. As mães souberam que eu praticava a dança e me induziram sutilmente a entrar como espiã para ver de perto as filhas e inclusive a minha que estava lá. Cuidados de super-mãe! Mas depois que pisei naquele palco fui me apaixonando por tudo isso e adorando a aventura “do novo” a cada momento. Até que “chutei o balde” e larguei tudo que fazia paralelamente! Minha família até hoje não entende, mas eu cumpro metas e sigo o destino, que é único e muito pessoal. Digo sempre... no palco... Como gosto disso! Muitos pediram que eu descesse para preencher as suas próprias expectativas, mas faço o que eu quero e só lamento!
No que diz respeito à dança, você acredita que possa haver uma transformação nas pessoas?
Mayra - Já ouviram falar na Santa Layla da Grécia. Ela atingiu a iluminação através da Dança do Ventre. Existe muito por trás disso tudo e não é pouco. Existe um objetivo dirigido pela energia cósmica. Quanto à transformação, vejo mulheres que chegam com intenções múltiplas. As que querem apenas manter o outro como refém, através da sedução, da conquista, que possivelmente a dança proporcionaria, acabam tão libertas que se redescobrem e começam a não ver mais a dança como um processo de sedução exterior, mas sim um caminhar diário, um comportamento, uma marca registrada que muda conceitos internos e desperta no outro a curiosidade e o interesse constante.
O que você aprendeu nestes 20 anos de dança em relação ao ser humano?
Mayra - Aprendi que... existem forças que movem as pessoas segundo os seus valores internos. Não esperem receber méritos ou exaltação porque de onde não se espera o seu tapete pode ser puxado. Dissimuladamente... (Mayra sorri) mas se luta por uma boa causa receberá a ajuda necessária sempre. Muitas bailarinas me questionam como uma dança que trabalha com a Deusa cria verdadeiros adoradores e idolatradores do ego e da vaidade? Respondo que este fenômeno ocorre com pessoas desinformadas que preferem por opção própria continuar a ser servidoras de suas próprias prisões. A humildade solta é gerada pela emoção e não é sinônimo de limitação. A beleza é solta, espontânea, natural e sem máscaras. O orgulho aprisiona e é típico de quem tem algo a perder. Retém a criatividade, gera medo do fracasso, limita e estabelece congelamento postural
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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